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"PAULO BOLA"

Como você não sabe, em 1953 Amácio Mazzaropi encarnava pela primeira vez o caipira triste e gozado que seria sempre no cinema com o filme Candinho.
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Queira sentar-se que lá vem história.
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Como a televisão ainda "engatinhava" o Brasil vivia a Era do Rádio com a cantora Emilinha Borba sendo eleita a Rainha do Rádio com mais de um milhão de votos,
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O Rio de Janeiro ainda era a Capital Federal onde vedetes cujas iniciais eram Virgina Lane, Mara Rúbia e Angelita Martinez, faziam a alegria da noite carioca e de alguns políticos que a frequentavam, alguns que até seriam presidentes da República como João Goulart "premiado" com uma doença que o faria arrastar a perna pelo resto na vida, antes do surgimento da penicilina.
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Enquanto isso em uma antiga aldeia dos índios Guaianá, o Esporte Clube Taubaté era o xodó da cidade, prestes a ser campeão no ano de 1954 com um time que muitos que tem o primeiro número do RG abaixo de 5 sabem escalar do goleiro ao ponta esquerda.
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Nas belas tardes de domingo o velho Estádio do Bosque era programa obrigatório para ver o Alviazul jogar, tempos em que o futebol não era a comédia deste ano de 2021, com figuras que tem o bolso como o órgão mais sensível do corpo humano, ocupando o espaço dos craques.
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Em Taubaté um comerciante cujas iniciais eram Paulo Abouhala tinha uma loja de tecidos na Rua Bispo Rodovalho, cujo nome foi abrasileirado para "Paulo Bola", tinha dois divertimentos.
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Um deles era pilotar uma Lambretta azul para percorrer os campos de futebol da cidade em busca de garotos talentosos para montar o time juvenil do E.C.Taubaté, dentre outros esportes.
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(Lambretta era um veículo de origem italiana que foi a precursora das motos que hoje circulam desde o Oiapoque ao Arroyo Chuí).
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Diretamente dos meus Archivos Implacáveis minhas secretinas Lívida e Fauzi do G. Maior trouxeram um dos times de garotos que sonhavam em se tornar astros do futebol naqueles anos.
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Em pé: o treinador Gilson Silva e os garotos: Bila, Rafael de Angelis, Vicente Brito, Adilson Reis, Luizinho, Fernando Alves e o lendário PAULO ABOUHALA.
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Embaixo: Carlos Milton, Tadeu Lotufo, Décio Pestana, Irani e o goleiro Toledo segurando a bola.
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A história conta que nenhum dos garotos da foto conseguiu ser um craque de bola, cada um deles tomando um rumo diferente na vida, mas eternizados nos meus Archivos Implacáveis.
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Isso posto....."professores de Deus" a postos com suas versões.






  • Fontes: JOSE DINIZ JUNIOR