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Dando um tempo...ou, se quiserem – Harmonia e Paz!

FALANDO SÉRIO
Andam dizendo que eu estou muito pessimista, azedo, acético (não confundir com asséptico), e que deveria melhorar meu humor.
Ora, meu humor não tem variações. O que varia é o meio em que vivo. Como é possível ser bem humorado e doce com a atual conjuntura que se instalou em nossa vida cotidiana?
É verdade que temos que ter esperança, não podemos desanimar, um dia melhora, a coisa é assim mesmo, levanta a cabeça e bola pra frente, é tudo que eu tenho ouvido nesses não poucos anos de existência. Se pelo menos tivesse eu, a certeza de que nos próximos 20 anos a coisa vai mudar, iria para o sacrifício e meu azedume com certeza também iria pro vinagre (essa foi dose hein! – e depois dizem que sou mal humorado).
Atendendo a pedidos, resgatei no baú de minha existência uma prédica que me acompanha desde os tempos de antanho.
Há sempre a quela pergunta que aborda nosso pensamento: “O que proporciona a maior harmonia em nossa vida?”
O homem sente instintivamente um desejo por ordem e detesta o caos e a desordem. Sente uma grande satisfação interna quando as coisas vão bem e estão devidamente organizadas. Sistema e ordem criam a harmonia. A busca da harmonia em nosso interior é um desejo forte e natural e, o propósito dos ensinamentos que recebemos desde nossa mais tenra idade, é a de capacitar a desenvolver essa harmonia física, mental, espiritual de nosso ser.
Do ponto de vista físico, a saúde do corpo deve estar em primeiro lugar, visto que a desarmonia do corpo sempre exige uma grande dose de atenção (barriguinha, olheira, cansaço, dor de dente etc.). A má saúde pode limitar enormemente as nossas atividades, porque a dor ou o desconforto exigem muita atenção consciente, além de incomodar os nossos planos de saúde.
Uma dieta razoável e pequenos exercícios no nosso dia a dia, estabelecem uma condição física que é animadora e profundamente satisfatória, por exemplo: passear com nossos cônjuges e nossos cãezinhos faz bem ao físico e à mente.
Falando em mente, a harmonia mental, frequentemente chamada de paz de espírito, é um desejo profundo que todos nós possuímos. A harmonia da mente depende de nossa relação com a sociedade. Se estamos em paz com nosso ambiente e estabelecemos um bom relacionamento com as pessoas que nos cercam e, principalmente, aquelas que nos são mais caras, vivenciaremos a harmonia pois, sentiremos que estamos realizando um propósito útil na vida. Se somos queridos pelos amigos e estamos dispostos a fazer um sacrifício pessoal por eles de vez em quando, sentiremos muita satisfação com relação à vida que estamos levando.
A mais elevada harmonia está na relação do homem com o Cósmico. Quando conseguirmos alcançar um ponto de harmonização com Ele, experimentaremos um fluxo de energia vibratória tão grande em nosso ser que resultará a nós uma perfeita harmonia espiritual.
Seria um erro se essa harmonia poderia ser obtida apenas pelo processo de receptividade e meditação. Grande parte da harmonia em nossa vida advém da satisfação que alcançamos em nossos afazeres diários. Daí meu azedume, minha irritação, minha indignação, minha veemente e constante insatisfação com nosso sistema governante, principal ingrediente para minha subsistência física (preciso comer e beber, é lógico), civil (preciso pagar impostos etc.) e mental (preciso pensar e orar).
Não precisamos ser perfeitos para vivenciar a harmonia profundamente gratificante do Cósmico, mas necessitamos de sinceridade e principalmente perseverança para alcançarmos nossa recompensa. Uma pequena dedicação à sociedade a qual compartilhamos, nos dará, a todos, o ritmo harmonioso que com certeza nos deixará cada vez mais felizes.
Desculpem agora minha franqueza: penso assim e, imagino que a ação para que isso se realize só acredito quando houver uma união de pensamentos e uma cobrança implacável com “guerra”, sem tréguas, àqueles que foram escolhidos como nossos representantes, os quais às nossas muitas custas, vivem a nos fazer de tolos e a profanar nossa harmonia.
Não encontraremos paz senão através da “guerra” pois, já estava escrito em algum lugar em outra época: “Ordo ab Chao” – A Ordem vem do Caos.
Pesquisem!

Joinville, 16 de fevereiro de 2021.

HENRIQUE QUISTE NETO






  • Fontes: HENRIQUE CHISTE NETO

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