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Já não podeis....

FALANDO SÉRIO
Mãe gentil estuprada
Reclamamos do buraco na rua. Cinco minutos sem energia elétrica porque uma árvore caiu sobre a rede é motivo de congestionamento nos telefones. Ligamos para a concessionária, para rádios, TVs, jornais, amigos e vereadores (Ah! Os vereadores...que tristeza!!!). Tão logo a energia retorna muitos de nós senta-se furioso ao computador e redige elaborado texto sobre o descaso. Remetemos para jornais, ouvidoria da empresa, enfim, para o bispo.
Na próxima segunda-feira-feira completaremos 198 anos de nossa independência de Portugal. Uma espécie de Dia das Mães cívico. Esse dia existe graças ao esforço, sangue, fazendas e vidas daqueles que ao longo de séculos lutaram que ele raiasse. Naquele longínquo 7 de setembro de 1822 nasceu a nossa Pátria. Surgimos como povo, mas quando nos ergueremos como verdadeira Nação?
Uma Nação é o inteiro da cidadania de cada um de nós. Essa condição de cidadãos nos dá direitos, deveres, garantias e responsabilidades. Temos o direito de escolher nossos governantes e o dever de garantir que em nosso interesse e no de nossa Pátria eles desempenhem a missão com competência, dedicação, altruísmo e a mais absoluta honestidade.
Quando permitimos – sem reagir com todas as fúrias dos céus e dos infernos - que esses muitos homens e algumas mulheres roubem nossa Pátria, espoliem o nosso futuro, frustrem nossa promessa de esperança e bem estar, perdemos nosso direito à cidadania. Tornamo-nos escravos da tirania do delinqüente, servos da covardia. Abdicamos de nossos direitos sagrados, fracassamos em nossos deveres, matamos nossa dignidade. Eles traem o Brasil. Nós covardemente desertamos dele e de nossa honra.
Quando permitimos que diretamente, ou por meio de sofismas, um grupo, um partido, se manifeste pelo fim da liberdade de imprensa, estamos escancarando as portas da fortaleza do Estado de Direito para que silenciada a sentinela, mate-se, assassine-se todas as demais liberdades. E não estamos seguros quanto a isto.
Já não podeis da Pátria, ó filhos, ver contente a Mãe Gentil

Joinville 04 de setembro de 2020.

Henrique Chiste Neto







  • Fontes: HENRIQUE CHISTE NETO

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