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ZÉ PRETINHO

O nome verdadeiro dele podia ser....Antonio, Benedito, Carlos, Deusdeth, Eustáquio, Filadelfo, Gustavo....ou qualquer outro do alfabeto.
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Mas entrou tristemente para a história dos causos de Taubaté como "Zé Pretinho".
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Queira sentar-se que lá vem história...
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Como não foi alfabetizado sobrou-lhe como profissão ser borracheiro, um desses brasileiros que sobrevivem remendando pneus de veículos.
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Zé Pretinho foi trabalhar para um famoso empresário taubateano que era do ramo dos pneus.
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Embora o empresário tivesse uma condição financeira invejável - e até fosse Ministro da Eucaristia em uma Igreja Católica - um dia o órgão mais sensível do corpo humano (O Bolso) falou mais alto.
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O patrão fez um seguro de pneus. Lotou um caminhão com todos os pneus velhos que tinha na borracharia e foi cobrar o seguro....como se a carga fosse de pneus novos.
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(Um golpe que as Seguradoras já conhecem desde que a Condessa de Vimieiro mandou Jacques Félix desbravar as terras do Vale do Paraíba).
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Como você não sabe, quase não existe crime perfeito.
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Para colocar os pneus velhos no caminhão, o empresário teve que contar com a ajuda de quem mesmo?
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Acertou quem cravou "Zé Pretinho" na resposta (foto).
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Todos viviam felizes e satisfeitos, quando o BOLSO de Zé Pretinho também resolveu manifestar-se.
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Foi exigir do patrão uma recompensa maior, ou colocaria a boca no trombone, ou algo parecido.
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Zé Pretinho assinou sua sentença de morte ao atender o BOLSO. O patrão o inscreveu para fazer curso de pesca submarina no Paraíba, sem Zé Pretinho saber.
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O patrão o matou e foi jogar o corpo no Rio Paraíba que passa em Quiririm.
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Alguns até notaram o desaparecimento do borracheiro, até que um dia o corpo dele soltou-se da pedra que o mantinha submerso e foi à tona.
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O Corpo de Bombeiros descobriu que a pedra que mantinha o cadáver submerso - pelas deliciosas coincidências da vida - era a mesma pedra que havia desaparecido do jardim do empresário.
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"Elementar, dear Watson"...diria Sherlock Holmes se estivesse no caso...
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O empresário foi preso, confessou o crime, e morreu na prisão. Mesmo sendo Ministro da Eucaristia de uma Igreja Católica, como já escrevi neste texto.
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Foi assim que Zé Pretinho - ou seja lá o seu nome verdadeiro - entrou para uma das tristes histórias taubateanas.
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(Ah! Antes que algum dos donos da verdade venham me aporrinhar...a foto que você está vendo NÃO É do verdadeiro Zé Pretinho).
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E nem sei também se a Banda do Zé Pretinho que acompanha o cantor Jorge Benjor é em homenagem ao sub-herói que você conheceu hoje.







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  • Fontes: JOSÉ DINIZ JUNIOR