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Trabalhadores da Petrobras entram em greve nacional nesta segunda-feira (15)

Os trabalhadores do Sistema Petrobras entraram em greve nacional a partir da zero hora desta segunda-feira (15), após rejeitarem por ampla maioria a contraproposta apresentada pela Petrobras no âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A decisão foi confirmada nesta quarta-feira (10) pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa a categoria.

Segundo a FUP, a nova proposta entregue pela companhia na terça-feira (9) não avançou em pontos considerados essenciais pelos trabalhadores, que denunciam a falta de soluções para demandas acumuladas desde o início das negociações.

Entre os temas centrais está a resolução definitiva dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, fundo de pensão dos empregados da estatal e segundo maior fundo de previdência complementar do país. O impasse afeta diretamente aposentados e pensionistas, que vêm enfrentando descontos elevados para cobrir déficits acumulados.

Além disso, a categoria reivindica aprimoramentos no plano de cargos e salários, garantias de recomposição sem mecanismos de ajuste fiscal e proteção aos direitos trabalhistas.

“Com a rejeição da segunda contraproposta, os sindicatos notificarão a empresa sobre a paralisação na sexta-feira”, informou a FUP em nota.

O coordenador-geral da federação, Deyvid Bacelar, criticou a postura da empresa. “Após quase três anos de debates, é inadmissível que a Petrobras não tenha formalizado seu posicionamento em relação ao fim dos PEDs. Estamos falando de uma companhia com lucros bilionários e cuja despesa com pessoal representa menos de 7% do total. É desrespeitoso com a categoria”, afirmou.

Os petroleiros também lembram que a indústria do petróleo é intensiva em capital e depende diretamente da força de trabalho qualificada. Para Bacelar, o atual cenário reforça a necessidade de mobilização: “Se a empresa não considerar os eixos aprovados pela categoria, não há motivo para levar a proposta às assembleias”.

A FUP informou que as assembleias seguem sendo realizadas em unidades do Sistema Petrobras e que o indicativo de greve vem sendo aprovado de forma massiva.

Procurada, a Petrobras ainda não se manifestou sobre o movimento.

A paralisação deve afetar refinarias, plataformas, unidades operacionais e administrativas em todo o país, podendo ter impacto na produção e na logística da estatal caso o impasse se prolongue.






  • Fontes: MEON

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